Sobre-posições. Um amor substitui outro? Dores são esquecidas? Uma pedra sobre o assunto faz com que ele se cale, ou o enterra onde ele realmente se faz ecoar?
Relicários. Informações guardadas no fundo da gaveta de peças íntimas. O choro no banheiro, a música no chuveiro, a raspa da panela de doce - comida escondida.
Recortes debaixo do travesseiro, colado no absurdo do sono.
O eterno “re”. Re-visitar, re-olhar, re-inventar.
O volume das sobre-posições de que somos feitos é a nossa matéria prima. Transbordamos, não ficamos mais nus para simbolizar algo, nos vestimos de nosso exagero.
das dores é um ateliê de pequenas costuras, deixando a alta costura para quem é universal. Nossa escala é individual, buscando o emergir da sobre-posição dor e amor com identidade pessoal de nossos procura-dores (quem nos consome: “mas por favor não me mastigue assim”).
Nos juntamos no início de 2008 depois de nos admirar com sorriso que escapava do lado esquerdo da boca, ainda desconfiadas, mas nossos exageros nos costuravam. Fingimos que nossos encontros são para conversar sobre a produção, o papeamento ainda gera descontroles agudos, mas tudo, no fundo, é desculpa para comidinhas.
Provoca-dores:
Dani Origuela sonha em ter um programa culinário, mas enquanto isso não acontece, pretende instalar espelhos na cozinha. Abraça camisetas vermelhas de manga comprida com punho. Gosta de gengibre e matelassê. Das dores: já chorou no carnaval.
Camilinha Origuela é conhecedora de todos os tipos, cores e marcas de esmalte de unha através de análise visual (esconda a sua mão quando encontrá-la). Criou um pé de flores de tecido em seu quarto. Usuária compulsiva de calculadora. Das dores: tomou sorvete doce e gelou seu coração.
Carol Stoppa fugiu de casa para morar no quintal, escuta Nelson Gonçalves com seu avô, faz amizade no bilhar e tem restrições médicas em relação a passar no vão da porta após noite não dormida. Das dores: por amor vestiu camisa para amarrar nas costas.
Depois do Blabla eu te amo do Lobão, a informação que você procurava
As peças são únicas, porções sentimentais servidas individualmente, o sapatinho da Cinderela. Mas até a Cinderela pode querer o prazer do sentimento alheio e produzir a cópia do sapatinho abandonado. Nunca será igual, por princípio e partido. Recombinaremos materiais e cores. É só entrar em contato e dizer do que não abre mão. Gostaríamos de conhecer suas sentimentalidades para torná-las seu estandarte. Você acende a lâmpada daí e nós costuramos o fio aqui.
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Contato para pedidos: coisasdasdores@gmail.com
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A cada dois meses faremos cafés com música e tricotar feminino para você conhecer as novas produções e experimentações sentimentais.
Um comentário:
caramba! adorei todos os produtos "das dores" preciso tê-los!
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