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das dores

Coleção Viva la Vida

Coleção criada para Jantarte Frida - cozinha da Matilde
Peças em disposição











Postado por das dores
Marcadores: Frida Kahlo

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Sobre-posições.
Um amor substitui outro? Dores são esquecidas? Uma pedra sobre o assunto faz com que ele se cale, ou o enterra onde ele realmente se faz ecoar?

Relicários. Informações guardadas no fundo da gaveta de peças íntimas.
O choro no banheiro, a música no chuveiro, a raspa da panela de doce - comida escondida.

Recortes debaixo do travesseiro, colado no absurdo do sono.

O eterno “re”.
Re-visitar, re-olhar, re-inventar.

O volume das sobre-posições de que somos feitos é a nossa matéria prima. Transbordamos, não ficamos mais nus para simbolizar algo, nos vestimos de nosso exagero.

desvendando sobre-posições

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  • -acessorios (2)
  • -acessórios (11)
  • -blusa (6)
  • -bolsa (14)
  • -calcinha (6)
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  • -camiseta (29)
  • -polo (11)
  • -regata (1)
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  • -short (1)
  • -vestido (7)
  • Adoniran Barbosa (1)
  • Adriana Calcanhoto (1)
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  • Arnaldo Antunes (1)
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  • Noel Rosa (2)
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  • saltimbanco (1)
  • Tarsila do Amaral (1)
  • Teatro Mágico (1)
  • Tim Burton (8)
  • Tim Maia (2)
  • Titãs (1)
  • Tom Zé (1)
  • Toranja (1)
  • Torquato Neto (1)
  • triste fim do pequeno menino ostra (7)
  • Waldick Soriano (1)
  • Wando (1)
  • Zé Keti (1)
  • Zoo-i-logico (8)

Quem somos até o acordar de amanhã:


das dores é um ateliê de pequenas costuras, deixando a alta costura para quem é universal. Nossa escala é individual, buscando o emergir da sobre-posição dor e amor com identidade pessoal de nossos procura-dores (quem nos consome: “mas por favor não me mastigue assim”).

Nos juntamos no início de 2008 depois de nos admirar com sorriso que escapava do lado esquerdo da boca, ainda desconfiadas, mas nossos exageros nos costuravam. Fingimos que nossos encontros são para conversar sobre a produção, o papeamento ainda gera descontroles agudos, mas tudo, no fundo, é desculpa para comidinhas.

Provoca-dores:

Dani Origuela sonha em ter um programa culinário, mas enquanto isso não acontece, pretende instalar espelhos na cozinha. Abraça camisetas vermelhas de manga comprida com punho. Gosta de gengibre e matelassê.
Das dores: já chorou no carnaval.

Camilinha Origuela é conhecedora de todos os tipos, cores e marcas de esmalte de unha através de análise visual (esconda a sua mão quando encontrá-la). Criou um pé de flores de tecido em seu quarto. Usuária compulsiva de calculadora.
Das dores: tomou sorvete doce e gelou seu coração.

Carol Stoppa fugiu de casa para morar no quintal, escuta Nelson Gonçalves com seu avô, faz amizade no bilhar e tem restrições médicas em relação a passar no vão da porta após noite não dormida.
Das dores: por amor vestiu camisa para amarrar nas costas.

Depois do Blabla eu te amo do Lobão, a informação que você procurava

Minha foto
das dores
As peças são únicas, porções sentimentais servidas individualmente, o sapatinho da Cinderela. Mas até a Cinderela pode querer o prazer do sentimento alheio e produzir a cópia do sapatinho abandonado. Nunca será igual, por princípio e partido. Recombinaremos materiais e cores. É só entrar em contato e dizer do que não abre mão. Gostaríamos de conhecer suas sentimentalidades para torná-las seu estandarte. Você acende a lâmpada daí e nós costuramos o fio aqui. ************************************ Contato para pedidos: coisasdasdores@gmail.com ** ************************************ A cada dois meses faremos cafés com música e tricotar feminino para você conhecer as novas produções e experimentações sentimentais.
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(captação do poema " mundo grande " de Carlos Drummond de Andrade)

Das Dores intervém em roupas sem mais esconder o barroco lacrado. Revelamos-nos. A revelação escolhida no cabide para o espírito atual e mutável, representativa, figurativa.

Não negamos a moda, o figurino folder cinematográfico, a camisa da banda, o desejo retrô, o indivíduo bege, a visão cor de rosa. Nos alimentamos, devoramos a tendência e a tradição delicadamente, com o corte conciso da faca e o caminho glamoroso do garfo a boca. Fazemos refeições de nós mesmas, pois somos também o resultado do hoje, ontem e o passado inventado.

Entendemos o ato de se vestir como a segunda pele, aquela que segrega e nos faz assemelhar, a roupa como comunicação do que nos recobre, brincamos o jogo do eterno somar sem subtrair, mas não queremos ser ou oferecer a simples embalagem, o rótulo, e sim retirar e expor as vontades e valores interiores.

Para isso nos apropriamos da vestimenta e acessórios de recorte tradicional e popular brasileiro: camisetas comuns, sacolas de feira, vestidos de senhoUras, tecido da camisa masculina, da chita. Como o plano de fundo, a primeira pele, reapresentando-os e revalorizando-os. Nos utilizamos do laço modista, do volume pontual, as diversas técnicas de aplicação de imagens figurativas, o grafite e o lambe-lambe das ruas, desenhos de impressões pessoais e algumas vezes com o mesmo tema cinematográfico e musical, mas revisitando temas já abandonados que ainda fazem parte de nós, que encobrimos, e emergem em conversas. Aplicamos os como paródia, assimetria, tensão através da escolha da combinação improvável como base (tecidos já estampados), optando pela alteração da escala (maxi e mini), conquistando novos significados. Significados pessoais que são contados em cada uma das peças em sua etiqueta.

Porém significados pessoais são consumíveis e transferíveis? Não, e este é o nosso parque de diversões, descobrir como se traduz a roupa para quem nos consome, dialogar, fazer com que cada um continue o seu jogo de sobre-posições, apropriações e memória própria. E que tem a vontade de continuar a se comunicar na passarela da rua, mesmo que não verbalmente. Quem assistir o desfile de nossos clientes em sua rotina, carregará a sua própria impressão. Esta é a nossa moda, nosso jogo ...

O jogo da reverbera-ação, do provoca-dor, do procura-dor. A roupa como intenção. O jogo como reticência.